Energia Solar Compartilhada: 3 modalidades possíveis no Brasil
Ainda pouco conhecida no Brasil, a energia solar compartilhada é mais uma oportunidade para o consumidor que deseja ver a sua conta de luz reduzir consideravelmente e, de quebra, contribuir com o planeta.
Se você tem mais de um negócio na mesma cidade ou em cidades próximas ou se tem a intenção de dividir a geração de energia com um sócio, poderá implementá-la desde que todos os estabelecimentos estejam na mesma área de concessão.
Essa modalidade configura um avanço em termos de energia solar no país, já que nem sempre foi possível adotar medidas como essa para aliviar o peso das contas de luz no bolso dos brasileiros.
Nas próximas linhas entenda, na prática, como funciona a geração compartilhada de energia e veja por que é um investimento que vale a pena.
Energia solar compartilhada: essa modalidade realmente existe?
Existe e pode ser mais fácil de aderi-la do que você imagina.
Antes de mergulhar no assunto, é importante entender que em 2015 uma resolução normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regularizou a geração compartilhada.
O que isso quer dizer?
A norma possibilitou a união de dois ou mais consumidores (CPF ou CNPJ) para o compartilhamento da energia gerada pelo mesmo sistema.
A única restrição é que todos os participantes estejam na mesma área de concessão da distribuidora.
Também é importante salientar que por ser recente, o compartilhamento ainda é uma prática pequena no Brasil.
Especialistas afirmam, porém, que essa modalidade tem tudo para crescer nos próximos anos.
Essa projeção é impulsionada por fatores como a redução do investimento nos equipamentos do sistema de energia solar, que consequentemente possibilita um ágil retorno no que toca o custo-benefício.
Como funciona a energia solar compartilhada?
Existem três modalidades de energia solar compartilhada. Cada uma possui particularidades específicas, portanto preste atenção nos detalhes para ver qual delas encaixa no seu perfil de investimento.
1) Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras
Imagine um prédio residencial ou comercial onde cada morador/comerciante deseja usufruir os benefícios da energia solar.
Se após uma assembleia os moradores decidirem instalar um sistema solar no telhado da cobertura ou mesmo no estacionamento do prédio, vão visualizar a sua conta de energia individual reduzir consideravelmente.
Nessa modalidade, portanto, os moradores podem receber a eletricidade gerada pelas placas fotovoltaicas de forma individualizada.
É importante, porém, que cada unidade consumidora esteja localizada em uma mesma propriedade ou em alguma localização vizinha.
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2) Autoconsumo remoto
Se você quer instalar um sistema de energia solar, mas não tem espaço físico para isso, o autoconsumo remoto pode ser a opção mais indicada.
Trata-se de uma evolução no setor solar, pois nessa modalidade você não precisa, necessariamente, ter um telhado para instalar o sistema.
É permitido que o consumidor use um lugar diferente dos pontos de consumo (um terreno ou outro imóvel) para instalar as placas fotovoltaicas.
A energia a ser produzida, porém, vai reduzir a conta do estabelecimento que você mesmo decidir. Outra possibilidade dessa modalidade é a produção de energia para dois imóveis.
Mas como funciona?
Você instala um sistema fotovoltaico em sua residência com capacidade de gerar um excedente que irá compensar a conta de outro imóvel no seu nome, como um sítio ou casa na praia.
Empresários também podem se beneficiar
Se você tem uma rede de lojas ou mais de um comércio espalhados pela cidade ou localidades próximas, a geração compartilhada por meio do autoconsumo remoto é a opção perfeita para você.
O esquema é o mesmo: instale uma pequena usina de sistema solar em um espaço com potencial de receber radiação solar e direcione quais estabelecimentos você quer ver a conta de luz reduzir.
Vale lembrar que para todas as situações mencionadas, os imóveis devem estar localizados na mesma área de concessão e o CPF ou CNPJ cadastrados devem ser os mesmos.
3) Geração compartilhada
A geração compartilhada permite que um grupo de consumidores compartilhe créditos gerados por apenas uma instalação.
Nesse caso, todos devem estar numa mesma área de concessão e precisam comprovar vínculo.
Dessa forma, os consumidores devem definir de antemão a porcentagem da energia gerada que será compensada para cada um.
Isso significa que você pode usufruir da instalação de um sistema fotovoltaico em outro apartamento, desde que o desejo de compartilhamento seja comprovado. Isso pode ser feito com o seu vizinho, amigo ou até mesmo um familiar.
Importante salientar que a execução dessa modalidade só acontece por meio de contrato via consórcio ou cooperação.
Dica: Todo esse processo deve ser muito bem amparado juridicamente.
O surgimento dos condomínios solares
Os condomínios solares têm potencial para crescerem e se tornarem um dos grandes “booms” da energia solar.
Isso porque é possível gerar energia solar para suprir os espaços comuns de um condomínio ou prédio comercial.
Quer ver só?
Gastos com playground, portaria, piscina, salão de festas e academia podem ser abatidos pela geração solar, gerando uma considerável redução na taxa de condomínio.
Ou seja: a economia não será na sua conta de luz, mas sim na taxa dividida entre os moradores.
Vale lembrar que qualquer condomínio que invista em energia solar se coloca muitos passos à frente por ser uma prática sustentável.
De acordo com a pesquisa do Panorama de Consumo Consciente no Brasil, publicada em matéria pela Folha de São Paulo, das 10 preferências atuais do consumidor brasileiros, 7 estão ligadas a um estilo de vida sustentável.
Essa tendência que chega cada vez com mais força no mercado imobiliário gera maior procura e valorização de imóveis sustentáveis.
Mas como dar o primeiro passo?
O síndico ou os moradores que desejam adotar um sistema de energia solar compartilhada precisam levar a proposta para a assembleia geral do condomínio.
Se a maioria aprovar a instalação do sistema, é necessário buscar uma empresa especializada para realizar o projeto fotovoltaico e, posteriormente, a concessão por meio da distribuidora ou do consórcio.
Aliás, independente da modalidade, seja compartilhada, autoconsumo remoto ou múltiplas unidades consumidoras, é necessário contratar uma empresa com know how e experiência, já que algumas dessas opções precisam de orientações precisas para sua eficiente execução.
OBS: No caso da Renowatt, nós mesmos ajudamos você no trâmite da concessão e facilitamos o processo burocrático.
Quem economiza com a energia solar compartilhada?
Economizam com a energia solar compartilhada os seguintes públicos:
- Múltiplas unidades consumidoras: moradores de prédios residenciais ou comerciais que querem abatimento na sua conta individual de luz;
- Autoconsumo remoto: Morador que deseja instalar energia solar, mas não tem espaço físico na própria casa ou empresário com rede de lojas que instala uma usina fotovoltaica para gerar energia para seus demais estabelecimentos.
- Geração compartilhada: Vizinhos, amigos ou parentes que não possuem área disponível no local de consumo para instalar um sistema fotovoltaico e se unem para instalá-lo em um terreno em local distinto (como um sítio na zona rural).
Importante lembrar que caso a energia gerada seja superior à energia consumida, o sistema gera créditos que podem ser utilizados em até 60 meses (5 anos!).
Conclusão
Percebeu como a energia solar compartilhada pode ser uma oportunidade para você aderir ao sistema de vez e reduzir consideravelmente a sua conta de luz?
Solicite um orçamento à Renowatt e tire todas as suas dúvidas.
Lembre-se que hoje há inúmeros financiamentos (em diferentes instituições financeiras) que podem ajudar você a investir em fontes renováveis.
Essa facilidade permite que qualquer consumidor encontre uma linha de crédito acessível com prazos de amortização mais longos.
Ou seja: se você já paga sua conta de luz, terá, sim, condições de investir em energia solar. Pense nisso!