Você sabia que os painéis solares podem ajudar a salvar as abelhas?

Muito se tem falado nos últimos anos sobre o declínio das populações de abelhas, e as consequências que isso pode trazer para a economia global. Mas será que os painéis solares tem alguma papel nesse cenário?

Estima-se que 75% da polinização das culturas agrícolas é realizada por insetos. É dito que se as abelhas fossem extintas, os humanos seguiriam o mesmo destino, tendo em vista a importância delas na produção de alimentos.

Além das abelhas, borboletas, besouros, vespas e moscas também tem um papel crucial nesse jogo.

As principais causas do declínio das populações de insetos polinizadores são a perda de hábitats, através da descaracterização e fragmentação dos ambientes, o uso de pesticidas e o aquecimento global.

Pesquisas recentes estimam que no Brasil existem mais de mil espécies de abelhas.

Mas e como os painéis solares podem ajudar a reverter esses dados?

Pois bem, nesse caso, não estamos falando em painéis solares instalados em telhados, mas sim em painéis instalados no solo. Tais usinas, ou como também são chamadas, as fazendas solares, podem ocupar extensas áreas de terra.

Nesses casos os painéis solares são instalados sobre uma estrutura de solo. Geralmente os espaços estre as fileiras de painéis não é usada e é coberta com cascalho ou grama, já que espécies arbustivas ou arbóreas sombreariam os painéis, reduzindo a produção de energia.


Nos Estados Unidos inúmeros testes estão sendo realizadas neste sentido. E ao invés de cobrir o solo com cascalho, estão semeando grama da pradaria e flores silvestres nestes espaços.

Estas plantas atraem abelhas e outras espécies polinizadoras para a região. Essa prática contribui para a reversão do declínio dessas espécies.

E não podemos esquecer que ainda podem ser aproveitados todos os produtos produzidos pelas abelhas, como o mel, própolis, pólen e a cera.


O crescimento dos habitats ocupados pelos insetos polinizadores nas fazendas solares trará um benefício para a produção agrícola no entorno. Com o aumento das populações de insetos, haverá um incremento na produção através da polinização mais eficiente.

Acredita-se que até 3,5 km² de terras agricultáveis no entorno das instalações solares seriam beneficiados pela polinização.


Estima-se que a longo prazo essa prática pode ser lucrativa para os gestores das fazendas solares. Os custos inicias com sementes e semeadura podem ser expressivos em extensas áreas.

Contudo, os custos com manutenção destes espaços tende a diminuir, uma vez que estas espécies não necessitam de roçadas e tampouco aplicação de herbicidas, que são práticas comuns no manejo convencional, diluindo os gastos e gerando economia ao longo do tempo de operação.

E ao contrário do cascalho, que absorve o calor do sol, as plantas criam um microclima sob os painéis, e ajudam a manter a temperatura dos painéis mais baixa, tornando a produção de energia mais eficiente.


O Brasil tem um enorme potencial de geração de energia solar, com pouco mais de 3000 MW de potência instalada de geração centralizada, na sua maioria na forma de usinas de solo. Isso corresponde a aproximadamente 3000 hectares que poderiam ser manejados para a preservação das abelhas e demais insetos polinizadores.

Veja também: Valorização do imóvel com energia solar no Brasil: Mito ou Verdade?

Tem interesse em instalar uma Fazenda Solar na sua propriedade e de quebra contribuir para a preservação das abelhas e outros polinizadores? Entre em contato que faremos um estudo personalizado!

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